Sobre o Natal e a Páscoa
Vamos falar um pouco sobre essa história. O profeta Isaías anunciou vários acontecimentos futuros e entre eles, dois muito importantes:
1) A Profecia sobre o nascimento de Jesus Cristo, cerca de 700 anos antes: "Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel." (Isaías 7:14). "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto." (Isaías 9:2,6 e 7).
2) A Profecia sobre o reconhecimento e organização da nação de Israel, ocorrido em maio de 1948, cerca de 2.600 anos antes. "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta." (Mateus 23:37- 38). "Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos." (Isaias 66:9-13).
Gênesis 12 fala sobre Abraão e sua fidelidade à Deus, sendo escolhido como Pai de uma grande nação e recebendo a herança e promessa de uma nova terra para nela habitarem. "Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra." (Gênesis 12:1-3). "Naquele mesmo dia, fez o SENHOR aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates." (Gênesis 15:18). Depois, Deus prova a fé de seu servo Abraão, pedindo a vida de seu filho Isaque, o que ele tinha de mais precioso. Aqui, Deus simboliza o sacrifício do filho amado ou do cordeiro, como peça chave dessa história. "E chegaram ao lugar que Deus lhe dissera, e edificou Abraão ali um altar e pós em ordem a lenha, e amarrou a Isaque seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha. E estendeu Abraão a sua mão, e tomou o cutelo para imolar o seu filho; Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui! Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho." (Gênesis 22:9-12).
O livro de Êxodo relata a saída do povo de Israel do Egito para a terra prometida à Abraão e sua descendência, após 400 anos de escravidão. E no capítulo 12 vemos a origem da Páscoa (significa: passagem), onde mais uma vez Deus simboliza o sangue do cordeiro e o filho. "Esta é a Páscoa do Senhor. E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o SENHOR. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu o sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito. Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo." (Êxodo 12:12-14). No capítulo 20, Deus entrega as tábuas da Lei à Moisés e ao seu povo, onde revela a constituição e essência de Seus valores morais; pois pela Lei imputa-se a JUSTIÇA. Um outro sinal foi revelado ao povo, durante a peregrinação no deserto:
"E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito, para que morramos neste deserto, onde não há pão nem água? E a nossa alma tem fastio deste pão vil. "Então, o SENHOR mandou entre o povo serpentes abrasadoras, que mordiam o povo; e morreram muitos entre o povo. Veio o povo a Moisés e disse: Havemos pecado, porque temos falado contra o SENHOR e contra ti; ora ao SENHOR que tire de nós as serpentes. Então, Moisés orou pelo povo, Disse o SENHOR a Moisés: Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido, que olhar para ela, viverá. Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava." (Números 21:5-9).
Após muitas e muitas gerações, Jesus celebra a Páscoa com seus discípulos, antes de sua morte e ressurreição. "E eles fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa. Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando- o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados." (Mateus 26:19 e 26-28). Desde então, a Páscoa celebra a morte e ressurreição de Cristo, eternizando o sacrifício do cordeiro imaculado e filho unigênito de Deus, um ato de AMOR.
No transcorrer da história, entendemos que Deus manifesta seu AMOR pelo pecador – o homem, mas aborrece o pecado. E sabemos que não pode haver comunhão entre a luz e as trevas. E assim, Deus revela-se ao homem com AMOR e com JUSTIÇA também. "E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus." (João 3:14-21).
E ainda, Deus é: Pai e Filho e Espírito Santo – a Divina Trindade.
1- Deus Pai é criador de todas as coisas, dirige e nos sustenta; "Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam." (Salmos 24;1).
2 - Jesus salva e nos advoga diante do Pai; "Filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro. Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos." (I João 2:1-3).
3 - E o Espírito Santo nos convence do pecado, consola e intercede por nós! "Disse Jesus: mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. E quando Ele vier (o Consolador), convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo." (João 14:26 e 16:8). "Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós." (Romanos 8:31-34). Não podemos ficar iludidos com Papai Noel e Coelhinho da Páscoa, numa falsa crença e religiosidade, mas conhecer o verdadeiro sentido do Natal e Páscoa: nascimento, morte e ressurreição de Cristo.